domingo, 19 de agosto de 2007

tudo na nossa pele

os nomes substituem-se
as caras
os cheiros
os dias
fantasmas de pessoas que já morreram
ou que já não voltam
é igual
todos nós morremos tantas vezes
em cada vida
o homem que chega à campa
não é o homem que era à partida
na despedida
somos nós
e um somar
subtrair
multiplicar
e dividir
de pessoas
de renascimentos
de perdas
tudo na nossa pele
no nosso sangue
até ao último momento.